Compreendendo a UX Maturity: Por Que Isso Importa (e Como Podemos Evoluir Juntos)
12 de Junho, 2025
Por que falar sobre UX maturity?
Vamos ser honestos: todos queremos criar produtos que tornem a vida das pessoas mais fácil, certo? Seja você designer, desenvolvedor, gerente de produto ou líder de negócios, provavelmente já viu na prática como um produto bem projetado pode encantar os clientes e impulsionar resultados. Mas aqui está o ponto-chave: uma excelente experiência do usuário (UX) não acontece por acaso. Ela é fruto de esforço contínuo, estrutura e colaboração.
É aí que entra o conceito de UX maturity. Ele nos ajuda a medir o quanto as práticas de UX estão incorporadas à cultura, aos processos e às decisões de uma empresa. Quanto mais madura for a organização em termos de UX, mais fluidos serão os fluxos de trabalho, mais inovadoras serão as ideias — e mais felizes estarão os usuários.
Afinal, o que é UX maturity?
Pense na UX maturity como subir de nível em um videogame. No início, você está aprendendo o básico (às vezes, só tentando entender como segurar o controle). Com o tempo, vai desbloqueando habilidades, ferramentas e estratégias mais avançadas. Com UX é igual: é uma jornada que vai da completa falta de consciência até o ponto em que a experiência do usuário guia a estratégia de negócios.
O Modelo de UX Maturity da Nielsen Norman Group (NNG)
Um dos frameworks mais conhecidos é o do Nielsen Norman Group (NNG), que divide a UX maturity em seis estágios:
- Ausente – UX nem chegou a ser considerada ainda.
- Limitado – Esforços de UX são esporádicos e inconsistentes.
- Emergente – As pessoas começam a entender o valor; algumas práticas de UX começam a aparecer.
- Estruturado – Equipes, processos e apoio da liderança estão estabelecidos.
- Integrado – UX está no DNA da empresa, com colaboração fluida entre áreas.
- Guiado pelo Usuário – UX lidera, molda estratégias e impulsiona a inovação.
Vi um caso em que a empresa estava entre os estágios “Emergente” e “Estruturado”. Havia designers talentosos, mas faltava um guia claro e uma forma consistente de trabalhar. A equipe começou pequena — documentando boas práticas, compartilhando aprendizados em reuniões informais e conquistando, aos poucos, a confiança da liderança. Com o tempo, avançaram rumo à integração — e os resultados começaram a aparecer de forma concreta e empolgante.
Por que a UX maturity é importante?
Para Designers e Profissionais de UX:
É a chance de evoluir, ganhar visibilidade e gerar mais impacto. Quanto mais madura for a organização em UX, mais espaço há para crescimento e inovação.
Para a Liderança:
UX maturity é uma vantagem competitiva. Empresas maduras em UX erram menos, iteram mais rápido, satisfazem mais seus clientes — e colhem melhores resultados.
Para os Clientes:
Uma abordagem madura de UX proporciona interações mais fluidas, menos frustrações e serviços que realmente parecem feitos sob medida.
Quero saber mais sobre UX Maturity
Como saber em que estágio de UX maturity estamos?
Antes de falar em melhorias, é preciso entender o ponto de partida. Veja alguns sinais que ajudam a avaliar o nível de maturidade em UX na empresa:
Indicadores principais:
- Profissionais de UX dedicados aos projetos;
- UX considerado desde o início, não só no final;
- Liderança que apoia e defende UX;
- Processos e metodologias de UX documentados.
Como avaliar:
- Realize pesquisas internas (as respostas podem surpreender).
- Faça entrevistas com stakeholders — diferentes times têm percepções muito distintas.
- Compare com benchmarks do setor (a NNG oferece ótimos recursos).
Leia também: Design on demand: agilidade e estratégia que geram valor visual contínuo
Subindo os degraus da UX maturity
Vamos entender como progredir de estágio em estágio, e o que isso significa para o time, a liderança e os clientes:
De Ausente para Limitado
- Time de Design: Inicie a conversa! Compartilhe cases de sucesso, organize workshops pequenos.
- Liderança: Invista em treinamentos introdutórios sobre UX.
- Impacto no cliente: Pequenas melhorias de usabilidade — fluxos mais claros, menos confusão.
De Limitado para Emergente
- Time de Design: Estruture processos informais e evidencie vitórias rápidas.
- Liderança: Comece a formar uma equipe dedicada de UX.
- Impacto no cliente: Experiências mais consistentes — o cliente começa a perceber que “as coisas funcionam melhor”.
De Emergente para Estruturado
- Time de Design: Crie templates, guias e documentações de boas práticas.
- Liderança: Estabeleça metas de UX alinhadas aos objetivos do negócio.
- Impacto no cliente: A confiança aumenta à medida que os produtos se tornam mais estáveis e fáceis de usar.
De Estruturado para Integrado
- Time de Design: Seja mentor e promova a colaboração entre áreas.
- Liderança: Inclua métricas de UX nas análises de negócio.
- Impacto no cliente: Experiências coesas e encantadoras passam a ser o padrão.
De Integrado para Guiado pelo Usuário
- Time de Design: Lidere a inovação e ultrapasse limites.
- Liderança: Tome decisões estratégicas baseadas em insights dos usuários.
- Impacto no cliente: Eles se tornam fãs fiéis — confiam e amam o que a empresa entrega.
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A arma secreta: Design Ops na UX maturity
Não podemos esquecer da mágica que acontece nos bastidores: o Design Operations (Design Ops). Já vi como até mesmo um esforço pequeno e bem direcionado pode transformar totalmente a operação de um time.
O que o Design Ops faz:
- Otimiza processos: Chega de reinventar a roda a cada projeto.
- Fomenta colaboração: Ajuda a eliminar silos entre áreas.
- Mede impacto: Acompanha métricas que comprovam o valor da UX maturity e indicam onde melhorar.
Na Dexa, o Design Ops nos ajudou a padronizar nosso design system, acelerar entregas e manter todos alinhados. É como ter um personal trainer para o time de design — nos orienta, dá ritmo e nos impulsiona.
Leia também: 5 Sinais de que sua Design Operation precisa evoluir
Por que a UX maturity é essencial para o crescimento do negócio?
Vamos conectar os pontos: mais maturidade em UX = melhores produtos = clientes mais felizes = crescimento do negócio. Simples assim. Empresas que investem em UX maturity reduzem retrabalho, desenvolvem mais rápido e constroem relações mais duradouras com os clientes. Em outras palavras, UX não é só bom para os usuários — é bom para o negócio.

Considerações finais: o que vem por aí?
Já caminhamos bastante, mas ainda temos muito a evoluir. A cada avanço em UX maturity, facilitamos a vida dos clientes, criamos produtos melhores e nos tornamos uma empresa mais inovadora e competitiva.
Se você é designer: fale, compartilhe ideias e questione o status quo.
Se você é líder: apoie seu time de UX, invista em capacitação e use métricas de UX para orientar decisões.
Se você é de outra área: colabore com a gente — estamos todos na mesma missão.
Quero ouvir de você: que desafios você enxerga na evolução da nossa UX maturity? Quais pequenas vitórias podemos comemorar juntos?
Recursos recomendados
Livros que recomendo:
- UX Strategy, de Jaime Levy
- Org Design for Design Orgs, de Peter Merholz & Kristin Skinner
Vamos continuar construindo juntos.